segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Onu Realiza Teste c/ Radiação Nuclear Contra o Vírus Zika


Usar a radiação nuclear para eliminar ou reduzir a população do mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus zika, será um dos temas centrais que o diretor-geral da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica da Organização das Nações Unidas), Yukiya Amano, apresentará a vários países em viagem pelas Américas que começa na segunda-feira (25).

O vírus zika está relacionado ao aumento de casos de microcefalia em bebês na América Latina.
“A tecnologia para a esterilização de insetos é muito eficaz na redução ou erradicação da população de mosquitos e outros portadores de doenças”, explicou Amano em entrevista na véspera de partir para o Panamá, primeira escala da visita de duas semanas pela região da América Central e México
.
O diplomata japonês recordou que a agência da ONU para energia atômica, que zela pelo uso pacífico da tecnologia nuclear, tem muita experiência nesta técnica para o controle de pragas. Amano destacou também que a organização tem capacidade para reagir com rapidez a crises deste tipo e deu como exemplo o surto de ebola na África em 2014.

Na época, a agência enviou em poucas semanas uma missão aos países africanos afetados. Com o uso de tecnologia nuclear, o tempo necessário para diagnosticar o ebola nesses países foi reduzido de quatro dias para quatro horas.
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A esterilização nuclear de insetos já teve êxito contra a mosca tse-tse, na África, que transmite a chamada “doença do sono” em humanos e afeta também o gado.

O diretor da agência da ONU lembrou, no entanto, que a entidade ainda trabalha na aplicação desta técnica sobre os mosquitos transmissores de outras doenças, como o zika, e advertiu que o problema “não será resolvido da noite para o dia”.

Além disso, será necessário combinar a esterilização dos mosquitos com outras técnicas e medidas, como o uso de produtos químicos, armadilhas e redes, destacou Amano. Além do Panamá, ele irá à Costa Rica, El Salvador, Nicarágua, Guatemala e o México, com uma intensa agenda de contatos de alto nível.

— Estamos interessados nesta região. Estamos interessados em países grandes e pequenos, em países que utilizam a energia nuclear para gerar energia, mas também nos que a usam em doentes com câncer ou a ajudar pequenos agricultores.

Segundo Amano, a tecnologia nuclear pode ser útil para estes países e sua visita servirá para a ONU entender as necessidades de cada nação nessa área.

— Estas tecnologias podem ser úteis para eles. E eles têm interesse. Para fazer isto, precisamos entendê-los e ter um bom entendimento com os líderes políticos.

A Agência Internacional de Energia Atômica já desenvolveu técnicas como a mutação de culturas mediante raios gama para conseguir novas variedades de plantas mais resistentes às doenças.
 Na Guatemala, por exemplo, a agência lançou um projeto para combater o Hemileia vastatrix, fungo que afeta as plantas de café.

A entidade também oferece tecnologia e formação médica para a luta contra o câncer na América central.
Amano recordou que a agência atua como intermediária num programa para que oncologistas da região – profissionais e estagiários – possam frequentar cursos de formação e especialização na Espanha.
— A formação periódica é necessária porque a tecnologia avança muito rapidamente.

fonte:www.correiobraziliense.com.br/.../oiça-testa-radiacao-contra-o-aedes-aeg...
         http://rededengue.fiocruz.br/noticias/31-zika-chikungunya-e-dengue-entenda-as-diferencas
         http://noticias.r7.com/saude/agencia-da-onu-oferece-tecnologia-nuclear-contra-virus-zika-23012016

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