A síndrome de Guillain-Barré é uma doença neurológica caracterizada por fraqueza progressiva nas pernas, acompanhada de paralisia muscular. Em geral, a doença evolui rapidamente, atinge o ponto máximo de gravidade por volta da segunda ou terceira semana e regride devagar.
Não se conhece a causa específica da síndrome. Ela acomete indivíduos que apresentaram alguma doença infecciosa aguda, entre 1-3 semanas antes e está associada a vários vírus, inclusive ao vírus da Zika.
Adicionar legenda |
o alerta do Ministério da Saúde sobre a mais nova ameaça propagada pelo Aedes aegypti
A fraqueza se manifesta inicialmente nas pernas e atinge outras áreas do corpo de forma ascendente. Podem ocorrer perdas motoras e paralisia com flacidez dos músculos.
Com a evolução da Síndrome, a fraqueza pode atingir o tronco, braços, pescoço, os músculos da face, e, em casos graves, afetar o sistema respiratório e a deglutição.
Os sintomas regridem no sentido inverso ao que começaram, isto é, de cima para baixo.
O que devo fazer?
Procure imediatamente o posto de saúde ou a UPA mais próxima.
Caso a equipe médica detecte a síndrome, o paciente será encaminhado para o Hospital referência em infectologia, onde os casos são encaminhados para exames
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico deve ser feito primeiramente com uma avaliação clínica que vai reconhecer a paralisia com flacidez dos músculos.
É seguido do exame do líquido da medula espinhal, que vai confirmar o caso.
É muito importante estabelecer o diagnóstico diferencial com outras doenças autoimunes e neuropatias.
Qual o tratamento?
O tratamento da síndrome é feito por meio da administração intravenosa de imunoglobulina humana para estabilizar o paciente e iniciar a regressão do caso.
As imunoglobulinas são uma mistura de anticorpos produzidos naturalmente pelo sistema imune do corpo. O enfermo deve ser atendido por equipe multidisciplinar, que inclui fisioterapeuta, fonoaudiólogo e infectologista, a fim de prevenir sequelas.
Em casos mais graves, quando os músculos da respiração e da face são afetados, os pacientes necessitam de ventilação mecânica para o tratamento da insuficiência respiratória. A síndrome de Guillain-Barré exige internação hospitalar já na fase inicial da evolução.
A mortalidade da síndrome de Guillain-Barré é considerada baixa, aproximadamente 5%. E entre 5 a 10% dos pacientes permanecem com sintomas motores ou sensitivos incapacitantes que lhes impedirá de voltar a andar sem ajuda.
Entre os critérios que estão associados a um maior risco de sequelas estão a idade acima de 50 anos, o rápido avanço da fraqueza e paralisia (em menos de uma semana), a necessidade de ventilação mecânica e o quadro de diarreia prévio ao surgimento dos sintomas da síndrome.
De acordo com o Ministério da Saúde, a rede pública (SUS) oferece gratuitamente 35 procedimentos para tratamento de Guillain-Barré, entre procedimentos diagnósticos, clínicos, cirúrgicos, de reabilitação e medicamentos.
* Com informações do Ministério da Saúde e do National Institute of Neurological Disorders and Stroke – Ninds (EUA)
http://www.saude.ba.gov.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário